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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Considerações sobre a problemática da Certificação


Baseados na discussão a respeito da problemática da certificação, podemos considerar que há muito que se refletir sobre esta questão que ainda proporciona grandes divergências no que diz respeito à valorização da qualificação sem qualquer embasamento formal, considerando-se somente o conhecimento prático e cotidiano do indivíduo.

Diante das situações apresentadas se faz necessário analisarmos os fatores positivos e negativos que envolvem todo o processo de certificação.

Primeiramente precisamos levar em conta que a certificação sozinha não resolveu e nem resolverá de forma qualitativa a situação de indivíduos que possuem o conhecimento de mundo e que devido a inexistência de um processo de certificação não conseguem usufruir dos benefícios de estarem ativos no mercado de trabalho.

Levando-se em conta que a maioria das pessoas que possuem tal conhecimento não possuem nem o ensino fundamental completo, a certificação exclui estes indivíduos ao certificar somente no ensino médio, através das Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CEB nº 4 de 4/12/99).
Indiscutivelmente, a certificação é de grande valia para os desprovidos de oportunidade de estudos, seja por condições sociais, seja por condições financeiras, principalmente por valorizar a prática do indivíduo e a construção de saberes a partir de diversas experiências vividas no trabalho, na sua vida pessoal, ou mesmo na escola.

Na era da globalização, onde o bom já é totalmente descartável, onde se precisa de atitude e de profissionais que saibam desenvolver qualquer tipo de trabalho, onde a competência é a capacidade de mobilização de saberes, ou seja, saber-fazer, saber-ser e saber-agir, a substituição da qualificação pela competência visa enfatizar as vantagens da polivalência do indivíduo para o seu aperfeiçoamento profissional.

Enfim, certificar significa atestar a certeza de, afirmar, passar a certidão. Essa tomada de decisão envolve necessariamente um processo de julgamento, o que inclui medida e avaliação, e uma outra preocupação: Quem irá avaliar os conhecimentos prévios para certificar a sua eficácia? Inegavelmente precisamos ainda de muita reflexão sobre as quatro fases do processo (Identificação, Normalização, Formação e Avaliação/Certificação).

REFERÊNCIA
NETO, Sebastião. Considerações sobre a problemática da certificação. Disponível em: http://iavmadministracaoescolar.wordpress.com/ver-e-ouvir/. Acesso em 13 nov. 2009.

por Alex Soares - alexsandro.soares@gmail.com

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